O Futuro além da produtividade: Reflexões sobre o Impacto da IA
Hoje foi um dia que me veio uma inspiração para escrever um novo texto para vocês. Confesso que, de imediato, veio à mente o nome e o título deste texto, que inicialmente seria um documento para compartilhar com vocês parte do meu desafio e esforço diário de como desenvolver e construir a evolução de um chatbot conversacional, que hoje facilita a vida de milhares de pessoas e que, ao mesmo tempo, não frustre com questões de não entendimento e acabe gerando mais frustações que respostas.
No entanto, percebi que esse assunto ficaria melhor para um outro momento. Após finalizar a leitura de um novo livro, entendi que precisaria trazer parte dessas questões para o presente texto, principalmente diante das inúmeras matérias, cursos, workshops, e-mails (pausa para respirar) — uma infinidade de coisas sobre Inteligência Artificial (IA) que estamos vivenciando atualmente.
A Inteligência Artificial (IA) é, sem dúvida, um dos temas mais quentes e fascinantes do momento. Com avanços exponenciais acontecendo a todo instante, é natural que surjam questionamentos e preocupações sobre o impacto dessa tecnologia disruptiva em nossas vidas e carreiras. Embora a IA não tenha nascido hoje, modelos como o GPT e a Open AI conseguiram demonstrar de forma mais clara e abrangente o seu real poder. Antes disso, já tínhamos exemplos de IA em recomendações na Amazon, sugestões de filmes na Netflix, músicas no YouTube e Spotify.
De fato, a cada nova manchete sobre IA, somos bombardeados com alertas de que nossos empregos estão ameaçados caso não nos adaptemos rapidamente. Esses títulos sensacionalistas apenas alimentam nossa síndrome de impostor e a insegurança generalizada, reforçando pensamentos autodestrutivos como: “Sou incompetente diante dessa revolução., sou uma bost*.” e por ai vai. — Socorro! 🙃
O renomado especialista em IA, Kai-Fu Lee, comenta:
as vezes podemos ter essa sensação de “uma ‘classe inútil’ de trabalhadores desempregados que tende a se misturar em nossas mentes, evocando uma sensação avassaladora de desamparo humano diante de todas essas tecnologias poderosas.
É fácil sentir que estamos perdendo o controle sobre nosso próprio destino, basta rolar a feed por alguns minutos e já teremos esta sensação.
No entanto, é crucial lembrar que, embora a IA esteja destinada a automatizar muitas tarefas repetitivas e processos baseados em regras, ela também possui um enorme potencial para aumentar nossa produtividade, auxiliar na criatividade e na tomada de decisões mais inteligentes, afinal não fomos colocados na terra somente para trabalhar em tarefas repetitivas, acredito que temos um propósito muito além da nossa capacidade de entendimento.
Entendo que a IA não é uma ameaça, mas sim mais uma oportunidade de ampliar nossas capacidades. Como Kai-Fu Lee enfatiza, não somos meros espectadores passivos nessa jornada com a IA; somos os autores que moldam seu futuro. À medida que abraçamos essa tecnologia transformadora, temos oportunidade de redefinir o significado do trabalho e da vida, libertando-nos da corrida desenfreada pelo material e pela excessiva produtividade. Isso nos permitirá, assim espero, dedicar tempo a atividades mais criativas e gratificantes, enquanto as máquinas lidam com as tarefas rotineiras. Talvez, nesse processo, possamos compreender melhor nosso propósito, algo no qual desejo firmemente acreditar.
À medida que a IA continua a evoluir, é nossa responsabilidade como seres humanos determinar o rumo dessa jornada. Devemos decidir se seremos simplesmente resistentes à mudança ou se abraçaremos essa oportunidade de crescimento e autorrealização.
Max Tegmark nos lembra que a inteligência artificial nos desafia a repensar o que significa ser humano e a explorar nosso papel em um universo em constante evolução. Ao passo que avançamos em direção a uma era dominada pela IA, devemos considerar não apenas como essa tecnologia pode beneficiar indivíduos, mas também como pode promover o bem-estar coletivo e a justiça social.
Então a pergunta crucial: estamos preparados para moldar um futuro em que a IA nos eleve a um novo patamar de realização humana?
Referências:
- Max Tegmark. Life 3.0, 2017
- Kai-Fu Lee. Inteligência Artificial, 2019
- Stuart Russel. A inteligência artificial ao nosso favor, 2021
- Revisão Ortográfica: Claude AI